Kátia Tavares destacou “a luta e as conquistas das mulheres no século passado, especialmente a travada por Myrthes Campos, a primeira advogada inscrita na OAB”, e afirmou que “o IAB continua na vanguarda do Direito, tendo atualmente, pela segunda vez nos 175 anos de sua história, uma mulher na presidência, a Dra. Rita Cortez”.
Marcia Dinis, após fazer um breve histórico da luta das mulheres por autonomia e liberdade sexual e reprodutiva, afirmou que “é preciso fazer valer a igualdade de gênero, a dignidade da pessoa humana e a garantia à saúde física e psíquica da mulher”. Segundo a advogada, “a violação desses preceitos fundamentais se revela na penalização do aborto, que atinge, principalmente, as mulheres pobres, pretas, nordestinas, nortistas e indígenas”, afirmou.
A advogada lembrou que a questão é objeto da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação. A ADPF 442 recebeu parecer favorável do IAB, elaborado por Kátia Tavares, que integra a Comissão de Direito Penal.
Também participaram do painel sobre Descriminalização do aborto os advogados Fernando de Carvalho e Karina Marinho, e a delegada da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Juliana Emerick.

Da esq. para a dir., Marcia Dinis, Fernando de Carvalho, Karina Marinho e Juliana Emerick