Sant’Anna afirmou que em meio ao colapso ecológico, que se entrelaça com o colapso institucional, é preciso escutar o que a Terra diz e não apenas falar em nome dela. “Essa escuta não pode ser codificada nos moldes de um Direito centrado no sujeito proprietário, na soberania antropocêntrica ou na forma Estado. É nesse ponto que emerge a proposta do Direito Micelial. Inspirado nos micélios, estruturas subterrâneas e interconectadas que sustentam a vida dos ecossistemas, o Direito Micelial propõe uma nova imaginação jurídica: sensível às interdependências que sustentam o mundo”, disse a advogada.
O encontro reuniu lideranças religiosas e integrantes da Defensoria Pública em um momento de celebração da espiritualidade como instrumento de união e justiça social. “A iniciativa reforça o papel da Defensoria Pública na promoção da justiça ambiental e na proteção das populações vulnerabilizadas por desastres e violações socioambientais”, disse a presidenta da Adperj, Juliana Lintz.
Durante o culto, também foi prestada uma homenagem especial à defensora pública Enedir Santos. O encontro contou com a presença de representantes de diferentes tradições de fé: do Instituto Inter-religioso Religare, Luzia Lacerda; do Islã Sunita, Fernando Celino; do Hare Krishna, Orlando Zaccone D’Elia Filho; do Xamanismo e da Pajelança, Athamis Bárbara; da Umbanda, Mônica Sá; do Cristianismo, Luis Fernando Bruno; do Judaísmo, Ana Flávia Szuchmacher Veríssimo Lopes; e da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Regis.
(Com informações da Assessoria de Imprensa da Adperj.)