Ao falar da proliferação dos cursos de Direito no País, classificada por ele de “fábrica de formar bacharéis”, Felipe Santa Cruz informou que o número de advogados inscritos na OAB ultrapassou a marca de um milhão. “Não se trata de idealismo de elite, queremos uma classe heterogênea. Mas parte desse processo retirou os códigos e valores que constituíram a advocacia brasileira”, disse, ao criticar a preponderância dada ao sucesso financeiro, em detrimento do “valor questionador da advocacia”. A respeito do avanço da inteligência artificial e do uso da tecnologia para acabar com a litigiosidade, Felipe Santa Cruz falou que “é preciso abandonar a visão dogmática da advocacia e transformar os escritórios em locais de resolução de conflitos”.

O presidente da OAB/RJ, Luciano Bandeira, disse que a ampliação das atividades e instalações da ESA será o principal instrumento de sua gestão voltado para a valorização da advocacia. “As novas estruturas farão da ESA do Rio de Janeiro a maior do Brasil”, garantiu.

Também compuseram a mesa a vice-presidente da OAB/RJ, Ana Tereza Basílio; o diretor-geral e o vice-diretor-geral da ESA, Sergio Coelho e Fernando Cabral Filho, respectivamente; o diretor-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade, e o diretor da ESA da OAB/CE, Andrei Aguiar.
 Da esq. para a dir., Andrei Aguiar, Luciano Bandeira, Sergio Coelho, Ana Tereza Basílio, Fernando Cabral Filho e, na tribuna, Felipe Santa Cruz