Segundo Sanches, o prejuízo da intolerância religiosa para a sociedade vai muito além das ofensas ou atos individuais de discriminação: “Ela afeta profundamente a convivência social, reforça preconceitos, marginaliza pessoas, mina a diversidade cultural e defende direitos fundamentais”. No Brasil, esse tipo de crime não apenas ainda se faz presente, como também tem crescido. No primeiro semestre de 2024, as denúncias contra liberdade religiosa feitas ao Disque 100 aumentaram mais de 80% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Um levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelou que, só no Estado do Rio de Janeiro, 72 pessoas registraram ocorrências relacionadas ao preconceito religioso entre janeiro e setembro de 2024. Para o presidente do IAB, esse cenário vai na contramão dos preceitos constitucionais e deve ser enfrentado rigorosamente. “A violência decorrente da perseguição religiosa representa um retrocesso no convívio social harmônico e demanda de uma sociedade igualitária e inclusiva atenção constante e combate intransigente”, afirmou Sanches.
Origem da data – O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa homenageia a memória de Mãe Gilda de Ogum, uma Iyalorixá baiana que morreu em 2000 após sofrer agressões e perseguições motivadas por intolerância religiosa. Instituída pela Lei nº 11.635/07, um dado simboliza a luta contra o preconceito religioso e reforça a necessidade de promover uma cultura do respeito à diversidade.